por Ricardo Machado
Foto: reprodução internet |
A única dúvida sobre o final do Superstar era se a Scalene, declaradamente a favorita entre os técnicos seria o primeiro lugar, mas o resultado da grande final do programa surpreendeu. Surpreendeu? Era de se esperar sim, que a vitória fosse de Lucas e Orelha, os Claudinho e Bochecha, da nova geração. Há muito que não se vê algo do tipo e a Rede Globo de Televisão não perderia esta oportunidade.
A dupla de funkeiros Claudinho e Bochecha surgiu em meados dos anos 1990 e foram uma explosão por todo o país. Entoando diversos hits no estilo funk melody (melode*), os cariocas lotavam shows, apareciam em quase todos os programas de TV e eram figuras de extremo apelo popular. Porém, com o falecimento de Claudinho, a dupla se desfez e Buchecha foi se aventurando também pela área de produção, tendo talvez, mais produzido do que gravado.
A comparação feita pode inicialmente parecer tosca, mas vejamos pontualmente:
- O som feito por Lucas e Orelha é bom, autêntico. Salvo algumas firulas que aparecem de vez em quando.
- O apelo junto aos jovens é bastante forte e isso é um grande ponto a favor, principalmente porque os jovens de hoje serão os adultos de amanhã. A tendência é que o fato de crescerem juntos, criará uma certa fidelidade entre ambos, artistas e público (vide esquema Harry Potter de cinema).
- A relação de amizade exposta pela dupla soa verdadeira, assim como nos antecessores dos anos 1990. Isso é positivo, pois cria aproximação com o público que anseia por relações de parceria, amizade e exemplos positivos de família.
- O funk (melody) está carente de um novo representante nacional.
- Os guris são bem novinhos, fica fácil direcionar a partir de interesses mercadológicos - Expresso aqui que meu sonho é que eles já tenham um bom suporte Legal.
- Os guris são jovens (2), o que supõe que a carreira da dupla será longa e muito lucro está previsto - espero que não sejam explorados como foram outras duplas da música brasileira.
Enfim, poderia achar muito mais argumentos, mas de pronto acho que é suficiente. Desejo sucesso aos meninos. Desejo inteligência e sabedoria aos pais e representantes destes meninos. Desejo ver dois músicos que crescem, se desenvolvem, permanecem autênticos e não se limitam ao que os outros querem, assim como fizeram os históricos Claudinho e Buchecha.
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