Seis atrizes diferentes, seis Emílias diferentes. O que fica de semelhante é a simpatia necessária para levar esta grande personagem às telas da TV
Tatyane Goulart como Emília. Foto: Divulgação |
* Veja galeria de fotos de todas as atrizes em:
http://pinterest.com/zericardoolivei/em%C3%ADlia-na-tv/
O Sítio do Picapau Amarelo é sem sombra de dúvidas uma das séries mais conhecidas da literaturas brasileira. A criação do polêmico escritor Monteiro Lobato (Taubaté-SP), se popularizou e continua a encantar geração após geração — apesar do peso racista que o autor impregnou na obra.
Entre as personagens mais populares, uma chama bastante atenção pelo temperamento forte, tipicamente brasileiro, a boneca Emilia. Feita de retalhos de pano por Tia Nastácia, "amiga" e trabalhadora do lar da família de Dona Benta, era um presente para a Narizinho (neta de Benta). Emilia, conforme conta a história, ganhou vida e começou a andar e, logo depois de uma viagem ao fundo do mar, aprendeu também a falar.
Na TV, a boneca Emília passou pelas mãos de várias atrizes que, maravilhosamente, a representaram e colaboraram para eternizar a imagem da personagem junto aos telespectadores de várias idades, principalmente entre as crianças. Fizemos uma pesquisa para conhecer cada uma das intérpretes a cada fase do Sítio.
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Lúcia Lambertini foi a primeira Emília da TV. Estreou em 1952 na TV Tupi e, em 1964, na TV Cultura. Simpática e carismática, a atriz dedicou-se por anos à personagem. Sua baixa estatura facilitou a "incorporação" e caracterização da personagem.
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1977 foi a vez da TV Globo estrear a sua versão do Sítio. A qualidade da produção e apelo visual marcou a série cuja direção escolheu a dedo cada um dos atores. A Emília, desta vez, foi vivida pela esfuziante Dirce Migliaccio dona de uma interpretação que marcante. A Emília representada pela Dirce era uma boneca "nervosa", espevitada, mas também bastante pura. Apesar da excelente escolha da Emissora, Dirce deixou a personagem em apenas um ano.
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Reny de Oliveira, a terceira Emília (segunda da Globo), substituiu Dirce em 1978. A atriz nos apresentou uma Emília que parecia transitar entre a espevitada (Dirce) e uma Emília mais alegre (que viria mais à frente). Foi um acerto da Globo que trouxe mais jovialidade à boneca de pano. A Emília de Reny era menos "estressada" e nervosa, porém, tão animada quanto a anterior.
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Suzana Abranches assume como nova Emília em 1983. Outro acerto! A atriz deu ainda mais energia e alegria à Emília, respeitando muito do que foi criado pelas antecessoras. Extremamente carismática, fez uma boneca ainda mais cheia de caras e bocas! Suzana teve sua carreira descada pela personagem e também marcou uma geração (anos 1980). Sua semelhança com Reny, após caracterizada, rendeu um bom processo de adaptação do público.
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Em 2001, a Globo retomou o projeto do Sítio para a TV. A Emília da nova geração deveria ser também bastante jovem, aliás, muito jovem: 7 anos de idade! A menina Isabelle Drummont interpretou a boneca durante seis anos e fez a diferença por nos remeter a uma Emília contemporânea à sua dona, Narizinho, numa perspectiva dimensional mais "realista". Isabelle fez sua Emília que foi, mesmo sem querer, um resumo de todas as Emílias que passaram antes dela na TV.
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Em 2001, a Globo retomou o projeto do Sítio para a TV. A Emília da nova geração deveria ser também bastante jovem, aliás, muito jovem: 7 anos de idade! A menina Isabelle Drummont interpretou a boneca durante seis anos e fez a diferença por nos remeter a uma Emília contemporânea à sua dona, Narizinho, numa perspectiva dimensional mais "realista". Isabelle fez sua Emília que foi, mesmo sem querer, um resumo de todas as Emílias que passaram antes dela na TV.
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A próxima Emília, já não era tão jovem quanto a primeira, porém, bastante "descolada". Tatyane Goulart deu vida a última versão da personagem para a TV. A atriz fez uma boneca mais humana que as anteriores. Essa nova nuance reforçou a amizade entre ela e as demais crianças da família. Por outro lado, a jovialidade de Tatyane favoreceu na relação com o público que redescobria o Sítio. Apesar de mais humanizada, a nova Emília trazia um pouco da empáfia da boneca feita por Dirce Migliaccio, em 1977.
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